A Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), realizou o primeiro comboio oficial transportando material para a reconstrução da Linha Férrea malawiana, partindo de Vila Nova da Fronteira.

O material, constituído (nesta fase) por cimento, partiu do Porto da Beira na passada 6ª feira, dia 3 de fevereiro e pertence à Empresa Chinesa CR20, responsável pela reconstrução da Linha Férrea Malawiana. A aposta da CR20 é de que maior parte do material a ser usado nas obras passe por Vila Nova da Fronteira.

Recorde-se que a execução deste importante Projecto, que irá responder aos desafios da cadeia logística da Região Austral de África no contexto da SADC, surge na sequência da orientação emanada da reunião entre os 2 Chefes de Estado (Moçambique e Malawi) havida no Songo, em finais de 2020, cujo lançamento da 1ª Pedra para os trabalhos do lado de Moçambique foi presidido pelo Presidente da República, Eng. Filipe Jacinto Nuysi, em maio de 2021.

Com mão de obra nacional e fundos próprios, o CFM executou as obras dentro do prazo determinado, avaliadas em 30 Milhões de Dólares Norte Americano, numa extensão de 44 km, aguardando pela contraparte Malawiana, cujos trabalhos se apresentam no presente nível de mobilização do transporte de material e trabalhos de terraplanagem.

A Linha Férrea Dona Ana - Vila Nova da Fronteira esteve paralisada desde setembro de 1986, na sequência da guerra de desestabilização nacional.

A operacionalização desta Linha irá permitir, numa 1ª fase, a circulação de comboios comerciais de carga do Porto da Beira até ao vizinho Malawi e, posteriormente, a circulação de Comboios de passageiros, uma ação de Responsabilidade Social Corporativa do CFM.

Com esta reconstrução, a Linha tem uma capacidade de 20.5 Toneladas por eixo, contra as anteriores 16.5 Toneladas por eixo e a velocidade de circulação vai passar dos anteriores 30 km/hora para 60 km/h, significando, com isso, capacitada para transportar 3.0 MTPA e com possibilidades de suportar mais, conforme a demanda.