O Presidente do Conselho de Administração da Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e Presi­dente Associação dos Caminhos de Ferro da África Austral (SARA), Agostinho Francisco Langa Júnior, presidiu, na manhã do dia 25 de Outubro de 2023, na cidade Sul Africana de Johannesburg, a abertura oficial da 12ª Conferência e Exposi­ção dos Caminhos de Ferro da África Aus­tral (SARA), sob o lema “Melhoria da ca­pacidade ferroviária e da qualidade dos serviços através de novos modelos opera­cionais e parcerias para uma integração regional perfeita e comércio”.

Na ocasião, Agostinho Langa renovou o compromisso alicerçado nas estratégias dos governos dos países da re­gião a nível de transporte ferroviário. "o actual foco estratégico do SARA é continuar a promover a advocacia e lobbies junto das instituições financeiras e outros intervenientes da cadeia logística de transporte ferroviário proporcionando a criação de um quadro de negócio apropriado e saudável para o desenvolvimento da indústria do transporte ferroviário", garantiu Langa.

A Confe­rência reúne os intervenientes da cadeia de valor ferroviário, incluindo investido­res, provedores de serviços, e nela estão a ser discutidas as estratégias e perspectivas para o sucesso das actividades do sector em prol do desenvolvimento dos países­membros da organização.

Agostinho Langa Júnior, para a­lém de presidir a Conferência da SARA, está a representar o CFM, que actua nas três regiões do país, conectando países vi­zinhos como a África do Sul, através da Linha férrea de Ressano Garcia, Eswatini, através da linha de Goba, Zimbabwe, u­sando a linha de Limpopo e de Machipan­da e Malawi, através da linha de Sena.

A empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique opera também no ramo portuário, conferindo, assim, a com­plementaridade do serviço de logística do transporte ao nível da África Austral.

Entre os vários projectos que o CFM tem vindo a desenvolver, o PCA destacou o projecto de duplica­ção da Linha de Ressano Garcia, prestes a concluir; o projecto de reabilitação da Linha Férrea de Machipanda, praticamen­te já concluído; o projecto de reconstrução do Ramal Mutarara-Vila Nova da Frontei­ra, este já concluído, aguardando apenas a conclusão da contraparte malawiana.

Ainda no mesmo âmbito, Agos­tinho Langa Júnior destacou o memoran­do assinado entre o CFM e a Transnet Freight & Rail (TFR) da África do Sul e a Swaziland Railway, visando melhorar a circulação, coordenação e planeamento dos comboios entre Moçambique e a África de Sul e Moçambique e a Eswatini, au­mentando, assim, a eficiência do trans­porte ferroviário de cargas.

“Este memorando pretende levar à optimização do funcionamento das três empresas ferroviárias e responder aos de­safios da cadeia logística da região austral de África, preconizados no protocolo da SADC, para os transportes, comunica­ções e meteorologia. Portanto, estas e ou­tras acções constituem o objectivo da e­xistência da SARA” – apontou.

Neste fórum, que decorre até sexta-feira, dia 27 de Outubro de 2023, estão presentes todas as partes interessa­das na indústria ferroviária, para partilha­rem conhecimentos e experiências, visan­do o melhoramento do desempenho ferro­viário e a contribuição para o desenvolvi­mento económico da região.

Refira-se que a Associação dos Caminhos de Ferro da África Austral foi criada em 1996 ao abrigo do artigo 13 do Protocolo de Transportes, Comunicações e Meteorologia (PTCM) ao nível da SADC, que preconiza a criação de asso­ciações para cada modo de transporte den­tro da Comunidade e estando a SARA a responder pelo transporte ferroviário.

Agostinho Langa Júnior assume a presidência rotativa da SARA desde 22 de Junho de 2023, durante a reunião Ordi­nária da organização, que decorreu na ca­pital do país, Maputo e vai dirigir os desti­nos da organização regional por período de um ano.

Nesta deslocação a RSA, o PCA do CFM faz-se acompanhar por uma equi­pa multissectorial, na perspectiva de en­contrar novos parceiros e reencontrar os antigos parceiros para mais uma troca de experiências, tendo em vista o sucesso do desenvolvimento da actividade da empre­sa.