Na sua primeira aparição como Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, CFM, o Eng. Agostinho Francisco Langa Júnior, destacou o crescimento económico global da empresa durante o exercício 2022 que resultou, antes dos impostos, em 6,2 mil milhões de meticais (dados provisórios) contra 9,6 mil milhões de meticais orçados.

Estes números representam 64% do orçado e um crescimento de 29% comparativamente ao exercício de 2021. Estes dados resultam das contribuições das áreas de exploração, que cresceu 3% em 2022 e cujo resultado foi de cerca de 3,8 mil milhões de meticais, das áreas ferro-portuária que observaram, respectivamente, em toneladas-líquidas transportadas e produção, toneladas métricas, um crescimento de 30 e 17 por cento. As terminais sob gestão do CFM foram manuseadas, no ano em análise, cerca de 13.2 milhões de toneladas métricas, equivalentes a 23% do total manuseado em todos os Portos e representando um crescimento em cerca de 6%. As Linhas sob gestão da empresa tiveram um desempenho de cerca de 12.3 milhões de toneladas-líquidas (10.6 milhões em 2021) o equivalente a 50% do total da carga transportada em todas as Linhas do sistema ferroviário nacional. Na mesma.

Nota de realce também para o sistema de transporte ferroviário de passageiros cujo contributo do CFM, naquilo que é a sua responsabilidade social, é de contínuo crescimento. O PCA faz esta apreciação à margem do vigésimo sexto Conselho dos Directores do CFM que decorre deste esta quinta-feira, 30, e termina amanhã, na Cidade portuária de Nacala. 

A reunião, recorde-se, vai discutir durante os dois dias o balanço e avaliação do desempenho produtivo, económico e financeiro da empresa durante o ano 2022, análise do ponto de situação da execução dos projectos para o mesmo ano e, na sequência, perspectivar os projectos para o ano em curso. De igual modo analisar o Plano Estratégico 2021 a 2024 onde se vai fazer a monitoria dos indicadores de desempenho (KPI,s) de cada pelouro. 

Não obstante aos números apresentados, o Presidente do Conselho de Administração vincou a necessidade de se potenciar, cada vez mais, os equipamentos e infra-estruturas ferro-portuários além da contínua formação do capital humano. Outrossim, desafiou os gestores para que a reunião seja, de facto, produtiva no sentido de trazer soluções para enfrentar prováveis desafios que possam emergir no ambiente de negócio. 

A reunião decorre sob o lema “por um CFM focado no Desenvolvimento de uma Infraestrutura robusta, Equipamentos e Capital Humano de Qualidade”. 

GOVERNO DESTACA RESULTADOS OBTIDOS 

À margem do Conselho de Directores que decorre em Nacala, o Governo, através do Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, aplaudiu os resultados económicos financeiros apresentados pela Empresa durante o ano de 2022, reconhecendo ao CFM o exemplo de boa gestão e trabalho para o cumprimento, cumprimento das metas do Governo no desenvolvimento do transporte ferroviário, que serve a logística nacional e regional bem como o seu cumprimento estratégico de desenvolvimento do transporte ferroviário dos serviços portuários no país. Alissone reconheceu igualmente a visão de gestão comercial do CFM na captação de lucros e receitas para o Estado. 

Num outro desenvolvimento, o Vice-Ministro exortou os quadros do CFM a dar o seu contributo na implementação e funcionalidade do recém-criado Instituto Ferro-Portuário de Moçambique, IFEPOM, no processo de transição que se encontra envolvido. 

“Reconhecemos a complexidade do processo de transição que deverá contar com o apoio do CFM, considerando a experiência secular da empresa nestas matérias. Assim, exortamos a este órgão para reflectir profundamente sobre o seu contributo na implantação e funcionalidade do Instituto Ferro-portuário de Moçambique” exortou.